quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Emerson Gasperin ministra minicurso de Crítica Musical

Pela terceira vez, Emerson Gasperin ministra o minicurso de Crítica Musical na Semana do Jornalismo da UFSC. O jornalista analisa críticas veiculadas nos meios de comunicação e discute a necessidade da formação acadêmica para a produção de textos do gênero. Os encontros vão até sexta-feira, dia 26, quando também encerra o evento.

Durante o minicurso, Gasperin coloca para tocar CDs de seu arquivo pessoal enquanto fala. O escolhido para abrir as sessões foi Synchronicity, da banda britânica The Police. A sala com lotação máxima de participantes, 20, é a prova de que as pessoas se interessam por música. "Quem tá ali, tá amarradão . Música tem esse condão, essa coisa de ódio e paixão extremos", justifica o jornalista.

Para quem se interessa pela crítica musical, Gasperin diz que gostar de música é condição obrigatória. "Não precisa ser jornalista, mas tem que ter bagagem", defende. Apesar de já escrever sobre o assunto desde o início da carreira, o jornalista acredita que o gênero não tem o poder de desestabilizar os artistas populares, pois mesmo os que recebem críticas negativas em relação a seus trabalhos, fazem sucesso. Para ele, a única pessoa capaz de "estragar o dia de alguém" com uma crítica é a jornalista Bárbara Heliodora.

Diferente dos outros anos, a proposta do minicurso é de produzir resenhas e um blog onde esses textos seriam postados. Além disso, Gasperin sugeriu a criação de uma página de críticas musicais no Jornal Laboratório ZERO, disciplina obrigatória no Curso de Jornalismo da UFSC.

Emerson Gasperin se formou em Jornalismo pela UFSC em 1993 e já trabalhou como repórter de cultura do jornal O Estado de S. Paulo, como editor de Fundos de Investimentos da Gazeta Mercantil e como editor da revista especializada em música Bizz. O jornalista participou da 1ª Semana do Jornalismo, em 2000, como palestrante.

Por Fernanda Peres e Rafael Wiethorn


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Minicurso discute função de assessor político

De 23 a 25 de Outubro de 2007 ocorre o Minicurso de Assessoria Política ministrado pelas jornalistas Lucimar Franceschini e Marília Andrade. O evento faz parte da VI Semana de Jornalismo da UFSC e será realizado no Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O objetivo do minicurso é transmitir aos participantes os conhecimentos básicos da função de assessor político.
Lucimar Franceschini é formada pela PUC Curitiba e Marília Andrade pela Unisul, ambas em Jornalismo. No site da VI Semana consta que o minicurso seria ministrado apenas por Lucimar, mas como essa precisou viajar para São Paulo em alguns dias da atividade, Marília assumiu a parceria no evento.
Nessa terça-feira foi a vez de Lucimar fazer sua apresentação. Ela destacou a importância do assessor conhecer os meios de comunicação com os quais vai lidar, pois isso facilita a interação entre ele e a mídia que cobre a política. Pois a função do assessor é ser um elo entre o político e o eleitor. Além disso, na comunicação política o assessor orienta a população sobre o processo político, principalmente no período de eleições.
Tomando como base sua experiência de trabalhar em campanha desde 1989, com início nas Diretas Já!, Lucimar deu orientações práticas para os alunos. Esses fizeram muitas perguntas para a jornalista. Questões relacionadas ao mercado de trabalho e da relação entre o assessor e a mídia estiveram presentes.
Questionada sobre a polêmica do assessor ser ou não jornalista, Marília afirmou que quem presta assessoria precisa entender de jornalismo, sendo formado ou não. Nesse caso a assessoria política é um ramo da assessoria de imprensa. Um dos pontos ressaltados pela jornalista foi a importância de unir teoria e prática no trabalho de assessoria.

Cronograma:
23/10_ O perfil do assessor político; O mercado de trabalho; Assessoria política em eleições.
24/10_ Assessoria política durante mandato.
25/10_ Assessoria a órgãos públicos.
26/10_ Prática de releases e discurso.

Minicurso dos livros fotográficos começa com aula de direito

No minicurso de Publicação de Livros Fotográficos o advogado convidado Rodrigo Cantú falou sobre direito autoral . Rodrigo apresentou as questões gerais como reprodução ilegal e "pirataria editorial" e explicou alguns termos técnicos do direito e como funciona na teoria as leis do direito autoral. Ao todo, são dezesseis ouvintes que acompanham o curso, entre eles o professor das disciplinas de foto na UFSC, Walace Lehnemann. Victor Carlson, que ministra o curso, acrescentou algumas considerações sobre como isso funciona na prática. Ele já foi professor de fotojornalismo na UFSC e é sócio-gerente da Lagoa Editora, cujo principal foco é a publicação de livros fotográficos. Victor também explica que esse minicurso foi oferecido para atender aos alunos que compõem a Agência Ensaio. Os alunos, que são maioria entre os participantes do curso, queriam aprender sobre publicações de livros, questões jurídicas e sobre os programas mais usados no mercado de trabalho.

Novos rumos do Jornalismo Científico

Hemeroteca cheia, todos atentos às explicações da professora Tattiana Teixeira. Na mesa, os principais jornais e revistas do país e, em pauta, os mais importantes conceitos relacionados ao Jornalismo Científico. Esse é o tema de um dos oito minicursos oferecidos na VI Semana do Jornalismo da UFSC, o quarto mais procurado pelos participantes do evento.

Minicurso de Jornalismo CientíficoAntes do intervalo, um questionamento. Tattiana perguntou se "existe algo definitivo na Ciência". O nosso blog conversou com a professora, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Linguagens do Jornalismo Científico (NUPEJOC) da UFSC, e adianta a resposta: "Não. As pesquisas científicas são construções que não terminam. As descobertas devem ser consideradas avanços e não tratadas como resultados definitivos".

Ela considera que essa é uma das grandes deficiências do Jornalismo Científico no Brasil. O minicurso vai apresentar conceitos de ciência, tecnologia e inovação, fundamentais para o trabalho do jornalista de qualquer editoria. Estudos de caso, análise de reportagens de TV, jornais e revistas serão as principais ferramentas para mostrar o que funciona ou não nas publicações nacionais sobre o assunto. "Tem muita coisa de qualidade sendo feita no país", conclui Tattiana.

Ana Carolina Dall'Agnol, estudante de Jornalismo da UFSC da sexta fase, é uma das 20 participantes. "Trabalho nessa área e sinto necessidade de aprender sobre isso, pois lido com pesquisadores. Penso que qualquer profissional deve estar preparado". No primeiro dia, ela já aprendeu que o jornalista científico, quando escrever sobre fenômenos da Ciência, precisa mostrar seus prejuízos e avanços para a vida cotidiana.

Os minicursos continuam até sexta-feira, com duração total de 16 horas.

Por Margareth Claussen e Rosalvo Streit

Curta-documentário

"Atirei no mar, o mar vazou, atirei na moreninha baleei o meu amor", foram as palavras que ouvimos ao entrar na sala de telejornalismo às 10h da manhã desta terça-feira, 23, onde acontece o minicurso de Curta-documentário. O trecho faz parte da canção que é tema do filme A pessoa nasce para o que é (2005), de Roberto Berliner. O filme é um dos três curta-metragens escolhidos pela professora Aglair Bernardo para dar início às atividades da VI Semana do Jornalismo. Os outros dois foram Saba (2006), de Cláudia Nunes, e Rapsódia do Absurdo (2006) de Gregorio Graziosi e Thereza Menezes.

Uma das 15 pessoas que cursam Curta-documentário até a sexta-feira, 26, é Marina Ferraz, estudante da 4ª fase de jornalismo da UFSC. Ela diz ter escolhido o minicurso por gostar bastante de trabalhar com vídeo e TV. "Foi isso que me animou", conta Marina, que ao final da VI Semana espera ter aprendido os passos básicos para se produzir um curta.

Participante do minicurso e membro da comissão organizadora da VI Semana do Jornalismo, Cristiane Barrionuevo está animada com o primeiro dia do evento. "Está sendo muito bom até agora", diz ela. Foi Cristiane quem convidou Aglair para ministrar o minicurso de Curta-documentário e ficou feliz com a resposta positiva da professora: "Achei que ela estivesse muito ocupada e não pudesse participar", conta ela.

Aglair explica que os documentários foram escolhidos para que os participantes tenham contato com diferentes tipos de narrativas para cinema, o que os ajudará a produzir seus próprios documentários até o final desta semana. Ao todo, serão três filmes realizados por um grupo de cinco pessoas cada um. Logo após o intervalo, às 11h, os grupos se reuniram para a discussão das pautas que darão origem aos trabalhos.

Os trabalhos deverão ter de 10 a 15 minutos. Segundo a orientadora do curso, as produções terão temáticas urbanas, que refletem sobre os sujeitos sociais. "Os três curtas passados em sala demandam tempo na construção da narração. Há um cuidado especial em expor relacões verdadeiras. A intenção é passar essa delicadeza da linguagem presente nos filmes como inspiração para os alunos", comenta Aglair. A professora ainda explica que os temas escolhidos pelos alunos devem escapar do lugar mais comum e habitual do olhar. "Acima de tudo, o minicurso é um exercício de experimentação de linguagem", acrescenta a professora.

Por Flora Pereira e Talita Garcia