Hemeroteca cheia, todos atentos às explicações da professora Tattiana Teixeira. Na mesa, os principais jornais e revistas do país e, em pauta, os mais importantes conceitos relacionados ao Jornalismo Científico. Esse é o tema de um dos oito minicursos oferecidos na VI Semana do Jornalismo da UFSC, o quarto mais procurado pelos participantes do evento.
Antes do intervalo, um questionamento. Tattiana perguntou se "existe algo definitivo na Ciência". O nosso blog conversou com a professora, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Linguagens do Jornalismo Científico (NUPEJOC) da UFSC, e adianta a resposta: "Não. As pesquisas científicas são construções que não terminam. As descobertas devem ser consideradas avanços e não tratadas como resultados definitivos".
Ela considera que essa é uma das grandes deficiências do Jornalismo Científico no Brasil. O minicurso vai apresentar conceitos de ciência, tecnologia e inovação, fundamentais para o trabalho do jornalista de qualquer editoria. Estudos de caso, análise de reportagens de TV, jornais e revistas serão as principais ferramentas para mostrar o que funciona ou não nas publicações nacionais sobre o assunto. "Tem muita coisa de qualidade sendo feita no país", conclui Tattiana.
Ana Carolina Dall'Agnol, estudante de Jornalismo da UFSC da sexta fase, é uma das 20 participantes. "Trabalho nessa área e sinto necessidade de aprender sobre isso, pois lido com pesquisadores. Penso que qualquer profissional deve estar preparado". No primeiro dia, ela já aprendeu que o jornalista científico, quando escrever sobre fenômenos da Ciência, precisa mostrar seus prejuízos e avanços para a vida cotidiana.
Os minicursos continuam até sexta-feira, com duração total de 16 horas.
Por Margareth Claussen e Rosalvo Streit
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Novos rumos do Jornalismo Científico
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