terça-feira, 23 de outubro de 2007

Curta-documentário

"Atirei no mar, o mar vazou, atirei na moreninha baleei o meu amor", foram as palavras que ouvimos ao entrar na sala de telejornalismo às 10h da manhã desta terça-feira, 23, onde acontece o minicurso de Curta-documentário. O trecho faz parte da canção que é tema do filme A pessoa nasce para o que é (2005), de Roberto Berliner. O filme é um dos três curta-metragens escolhidos pela professora Aglair Bernardo para dar início às atividades da VI Semana do Jornalismo. Os outros dois foram Saba (2006), de Cláudia Nunes, e Rapsódia do Absurdo (2006) de Gregorio Graziosi e Thereza Menezes.

Uma das 15 pessoas que cursam Curta-documentário até a sexta-feira, 26, é Marina Ferraz, estudante da 4ª fase de jornalismo da UFSC. Ela diz ter escolhido o minicurso por gostar bastante de trabalhar com vídeo e TV. "Foi isso que me animou", conta Marina, que ao final da VI Semana espera ter aprendido os passos básicos para se produzir um curta.

Participante do minicurso e membro da comissão organizadora da VI Semana do Jornalismo, Cristiane Barrionuevo está animada com o primeiro dia do evento. "Está sendo muito bom até agora", diz ela. Foi Cristiane quem convidou Aglair para ministrar o minicurso de Curta-documentário e ficou feliz com a resposta positiva da professora: "Achei que ela estivesse muito ocupada e não pudesse participar", conta ela.

Aglair explica que os documentários foram escolhidos para que os participantes tenham contato com diferentes tipos de narrativas para cinema, o que os ajudará a produzir seus próprios documentários até o final desta semana. Ao todo, serão três filmes realizados por um grupo de cinco pessoas cada um. Logo após o intervalo, às 11h, os grupos se reuniram para a discussão das pautas que darão origem aos trabalhos.

Os trabalhos deverão ter de 10 a 15 minutos. Segundo a orientadora do curso, as produções terão temáticas urbanas, que refletem sobre os sujeitos sociais. "Os três curtas passados em sala demandam tempo na construção da narração. Há um cuidado especial em expor relacões verdadeiras. A intenção é passar essa delicadeza da linguagem presente nos filmes como inspiração para os alunos", comenta Aglair. A professora ainda explica que os temas escolhidos pelos alunos devem escapar do lugar mais comum e habitual do olhar. "Acima de tudo, o minicurso é um exercício de experimentação de linguagem", acrescenta a professora.

Por Flora Pereira e Talita Garcia




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